Na última Sexta-Feira, 02 de agosto, o rapper Comini lançou seu novo EP, “Armadilha”, que conta com 7 faixas de Trap com uma roupagem um tanto quanto diferente. Para esse projeto, Comini trouxe colaborações de peso, como Chris Mc, DJ Randazo, Fat Dealer, Mc Anjim e Mc Tairon, tornando esse EP ainda mais dinâmico.
Comini apresenta uma proposta diferente do que se vê no mercado. Ele traz uma sonoridade e estética pessoal que busca oferecer algo novo ao público. “São 7 faixas de um trap diferente do que a galera escuta. Espero que vocês abracem,” comentou o artista, demonstrando sua confiança no projeto.
O nome do EP, “Armadilha”, não é apenas uma escolha aleatória. O termo “Trap”, que em inglês significa “Armadilha”, reflete as temáticas abordadas nas músicas. Comini explora essas questões, especialmente na faixa “Pódio”, onde ele rima:
“Que Deus proteja os meus irmãos que tá na esquina vendendo pino,
Se eu fosse escolher eles tavam comigo,
Cantando trap não vendendo isso.”
Essas linhas mostram a preocupação do artista com a realidade de muitos jovens que enfrentam situações difíceis, transformando a música em um meio de expressão sobre a vida nas periferias.
Se você ainda não ouviu, o EP “Armadilha” já está disponível em todas as plataformas digitais. Não perca a chance de conferir esse trabalho autêntico e impactante.
O que significa “trap”
A palavra trap tem sua tradução para o português como armadilha, cilada ou arapuca, o que reforça o enredo das suas letras. As canções trazem à tona a negligência para com as classes mais pobres. Essa situação é cantada e por isso tem a violência, a desigualdade social, o consumo de drogas, e as emoções dessa comunidade como tema. A ostentação de marcas famosas, brilhantes e ouro por parte dos trapstars também é uma característica marcante desse estilo musical.
Vale salientar que o trap não é uma expressão artística estática, possui subgêneros. Dentre eles está o trap latino que mistura elementos da música latina à agressividade da batida. Outro exemplo é o emo trap que possui elementos mais emotivos em suas letras, e algumas batidas mais ligadas ao rock.
Trap no Brasil
No Brasil, a origem do trap não é uma decisão unânime. Uns dizem que o início foi com Raffa Moreira e Klyn, na cidade de Guarulhos (SP). Em paralelo, há quem diga que foi a cidade de Vitória (ES), o celeiro do trap nacional com o coletivo Red Room, composto por Naio Rezende, Luanna, WC, NOX Cachorro Magro e outros associados.
O que se sabe é que o consumo do ritmo tem aumentado, principalmente entre os jovens de 15 e 25 anos. O Spotify, plataforma de streaming conhecida mundialmente, publicou uma pesquisa que analisa o consumo musical entre os anos de 2016 e 2019, nesse período foi comprovado um crescimento do trap de 61% entre os brasileiros.
Fonte: UNIT – Universidadee Tiradentes.
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